A trajetória da banda NXZERO
Eles
são cinco garotos talentosos de Sampa, como tantos outros que adoram
música, e que se juntaram há sete anos para fazer um som. Dessa
“brincadeira” adolescente, surgiu uma banda hardcore que amadureceu e
estourou Brasil
afora no ano passado. Mas o NX Zero (que significa nexo zero) é antes
de tudo uma turma de amigos que se divertem juntos. O grupo é formado
por Di, vocal; Dani, bateria; Gee, guitarrista e vocal; Fi, guitarra; e
Caco, baixo. Os rapazes gravaram um CD independente, Meu Coração
Desconfia Que Há Mais do Que Meus Olhos Podem Ver, em 2003, outro
intitulado Diálogo?, pela Urubu Records, em 2004. Mas foi com o disco NX
Zero, lançado em 2007 pela Universal, que eles entraram na trilha da
fama. Tanto que, com este CD, receberam o disco de ouro (50 mil cópias
vendidas). As músicas Além de Mim e Razões e Emoções foram algumas das
mais tocadas nas rádios nos últimos meses, e o grupo ainda levou o
prêmio de Artista do Ano e Hit do Ano no VMB 2007. Acompanhe aqui o
bate-papo com Diego Ferrero, o Di.
O início na internet
“O Dani e o Fi estudavam na mesma escola,
eu e o Gee morávamos no mesmo condomínio, e o Caco entrou depois. A
banda é como uma família, a gente fica mais tempo junto do que com o
pai, a mãe, os irmãos, enfim. Começamos a tocar no cenário das bandas
independentes de São Paulo. Mas gostamos de frisar que o grupo surgiu
mesmo na internet. Disponibilizávamos um monte de música para download e
conquistamos uma legião de fãs. Foi assim que nossas músicas ficaram
conhecidas e começaram a se destacar nas rádios e TVs.”
Pra valer
“Percebemos que essa história de carreira estava ficando séria mesmo
há uns oito meses, quando assinamos contrato com a Universal. Até então,
continuávamos com nossos trabalhos paralelos. Eu fazia faculdade de
publicidade, o Fi de rádio e TV, o Gee e o Dani trabalhavam numa loja de
instrumentos. E o Caco fazia faculdade de administração. Mas sempre
quisemos nos dedicar só ao NX.”
O “primeiro” show
“Rolou no Parque Antártica, em São Paulo, durante um evento de
música, muito louco! (outubro de 2006). Fizemos uma participação com
duas músicas, mas todo mundo cantava conosco, cerca de 30 mil pessoas.
Nossas pernas tremiam e o pensamento era para que desse tudo certo.
Contamos este como o primeiro show, já da nossa fase de famosos.”
Emoção inesquecível
“Abrir o show do Paralamas do Sucesso, no Ceará
Music, há dois meses, foi demais. Eles são os ídolos que temos em
comum. No grupo, cada um gosta de um som diferente, mas o Paralamas é
unanimidade. Enquanto eles tocavam, ficamos fora do palco, de olho, e
aprendendo com o show deles.”
Brigas
“Sempre rolam. Até porque a banda é como um casamento, alguém sempre
tem que ceder de alguma forma. Numa hora, vamos tocar tal música, depois
tocamos a outra e assim vai… Mas a gente não mistura as coisas. Quando
tem que trabalhar, entrar no palco ou gravar, acabam-se as diferenças e
tudo dá certo.”
Os dois lados da fama
“Temos sete anos de banda e nesse tempo já lotamos muitas casas de
espetáculos. Chegamos a tocar para mil pessoas antes mesmo de ter
contrato com uma gravadora. Então, já sabíamos o que era a fama. Só não
pensávamos que iria aumentar tanto e tão rapidamente. E tem um lado bom e
um ruim. O bom é o reconhecimento. Ouvir de um fã, na rua, que aquela
letra ou música o ajudou em algum momento ruim da vida, é como um
combustível, sabe? Já a parte negativa é não ser mais anônimo e o
distanciamento dos amigos. Alguns deles, quando nos encontram, parecem
repórteres, ficam só fazendo perguntas (risos).”
Quando a banda era independente
“Tudo é difícil quando se é um grupo independente. Você tem que
esquecer a frescura. Lembro que quem vendia os nossos shows era o Dani.
Ele fingia ser um agente de nome Ferdinando ou Manolo. Aí, contratávamos
a van do seu Zé (amigo dos meninos) e íamos tocar. Antes do show, eu
armava uma barraquinha para vender CDs e camisetas. O Dani passava o
som, o Gee fazia as estampas e as fotos para colocar no fotolog, e o Fi
era o nosso motoboy. Era como uma pequena empresa. Hoje, já não fazemos
mais isso e temos uma equipe de dez pessoas para nos assessorar. Com
essas experiências, acabamos descobrindo as qualidades e defeitos de
cada um, mas elas também uniram ainda mais a gente.”
Até na novela
“Hoje, participamos de tudo. Vamos ao Programa Raul Gil, Domingo
Legal, Domingão do Faustão, em tudo que há de mais popular. Conhecemos
cantores de axé, pagode… Não temos preconceito contra nenhum gênero.
Recentemente, participamos da novela Dance Dance Dance. Estar na TV abre
muitas portas.”
Em dia de folga…
“Gosto de ir à praia surfar com o Gee. Já o Conrado (Caco) gosta de ficar trabalhando no estúdio que está montando em sua casa.
O Dani fica tranqüilo em casa e o Fi, você encontra num boteco (risos).
E temos as namoradas para cuidar (risos). Menos o Caco, que ainda curte
a vida de solteiro.”
Projetos para 2008
“Vamos gravar um CD em março que vai ser algo totalmente novo. E já
está rolando na MTV um clipe bem bacana que a gente gravou no fim do
ano. Pela primeira vez, encenamos uma história num clipe. Foi nojento e
muito engraçado (risos)
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